sábado, 5 de abril de 2008

CENAS

Hoje é dia de festa. Não cantam propriamente as minhas almas, mas as dos jogadores, dirigentes e adeptos do FC Porto. Às vezes, nós temos de participar na festa dos outros. O desafio, dizem-nos nessas vezes, é fazer da festa dos outros a nossa festa, mesmo que preferíssemos infestá-la. Afinal, lá em cima seremos todos campeões. Para os crentes, porque lá em cima há planícies sem fim e tudo quanto se ouvia no 'Era uma Vez o Homem' e não há raiva nem ódio nem inveja, apenas amor. Para os não crentes, porque o céu é azul e as núvens são brancas. Para os mesmo nada crentes, porque as núvens pretas com que rebatem o argumento anterior são a expressão celestial do árbitro, ou seja, Deus. E não venha nenhum lampião com os tons vermelho e rosa do céu ao fim da tarde porque isso não é o céu, isso é a luz (e, lá diz a Margarida Rebelo Pinto, não há coincidências) do sol - que, sublinhe-se, cega. Eu, na minha onto(i)lógica ignorância, tenho apenas esperança de estar à altura do desafio. E o conforto íntimo de acreditar que a esperança é mesmo verde.

1 comentário:

JAHMEN disse...

Soy un profisional!