quarta-feira, 5 de maio de 2010
OLHOS PARA A ÁGUA
Tento ver o mundo com os teus olhos, mas nem sempre me deixas, ou nem sempre me deixo, porque a luz cansa e eu tenho de os fechar, os meus, claro, para que fique escuro. Tu não, tu olhas sempre por mim. Sei, no entanto, que quando te olho te olho nos olhos, que mergulho neles, que me meto contigo e te atiro água, que vou na corrente. Perco-me de vista e não sinto medo, pois sei que o infinito é a dimensão de tudo o que fazemos. O meu corpo és tu, a olho nu.
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