quinta-feira, 27 de maio de 2010

DESATAR ATÉ DAR NÓS

As palavras são filhas do silêncio, rompem-no como um novo ser rompe a sua mãe, não sem dor, não sem perda. Cada palavra é um desafio novo, um início, um indício de fim, uma ilusão de identidade, um cão de casota que corre até esticar a corda. O silêncio testemunha essa loucura. É palavra informe, irrasurável. É a razão da fé, a mãe sem truque, o nada na manga de tudo.

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